Promotor
Universidade de Coimbra - Teatro Académico de Gil Vicente
Sinopse
Uma bailarina brasileira tem problemas com dois revisores de um comboio e é ajudada por uma advogada. Os quatro irão depois encontrar-se na ilha de Yeu onde improvisam uma festa. Um filme magnífico que obteve o Prémio Jean Vigo de 1986. Direção de fotografia de Acácio de Almeida. — Público
Dejanira, uma bailarina brasileira, apanha o comboio Maine-Océan na estação de Montparnasse. Não tendo validado o seu bilhete, é confrontada por dois revisores inflexíveis e socorrida por uma advogada parisiense, que lhe serve de intérprete e de quem se torna amiga. Uma espécie de Torre de Babel cómica, o filme desenrola-se em torno das falhas de comunicação entre personagens de diferentes nacionalidades, classes e posições sociais, enfatizando o carácter absurdo e a arbitrariedade inerente a tais separações. Produzido por Paulo Branco, com fotografia de Acácio de Almeida, o filme foi uma lufada de ar fresco na paisagem cinematográfica de meados dos anos oitenta, e ainda há pouco tempo surgia na lista das obras-primas do cinema francês dos últimos 70 anos no jornal Le Monde. Por cá, João Bénard da Costa chamou-lhe Um dos mais modernos dos filmes modernos. Amplamente considerado o melhor trabalho de Rozier, Maine-Océan é um estudo melancólico e profundamente empático sobre a condição humana e sobre o próprio cinema.
— Medeia Filmes
Horário de Funcionamento
Bilheteira / atendimento presencial
segunda a sexta-feira 17h00 - 20h00
em dias de eventos 1 hora antes / até meia hora depois
encerrada aos sábados, domingos e feriados
Informações Adicionais
A seguir aos estudos no IDHEC e depois de ter trabalhado como assistente de Renoir, o mais admirado porque o mais livre para uma nova geração que despontava no cinema francês, Jacques Rozier (1926-2023) realizou duas curtas na segunda metade dos anos 50, e Godard escreveu sobre ele maravilhas. Falava na “lucidez da sua improvisação”, de um cinema “jovem e belo, como os corpos de vinte anos de que falava Rimbaud”. Seguiram-se os maiores elogios de toda a equipa dos Cahiers da altura, e foi também Godard que o apresentou a Georges de Beauregard, que viria a produzir a sua primeira longa, Adeus Philippine. Mas Rozier vivia e criava com uma ‘liberdade livre’ [“o cinema é uma questão de risco e desejo, como o amor”, dizia] e as coisas não foram fáceis durante a produção. O filme, uma obra admirável, “o mais Nouvelle Vague dos filmes Nouvelle Vague”, como se escreveu, só veria a luz em 1962, depois da estreia das primeiras longas de Truffaut e Godard. E aí começava uma das obras mais singulares, mais livres e geniais do cinema francês. Rozier deixou-nos uma mão cheia de longas e várias curtas para o cinema e uma dezena de trabalhos notáveis para televisão. Paulo Branco produziu-lhe um dos seus melhores filmes de entre os melhores, Maine Océan, com fotografia de Acácio de Almeida, que o jornal Le Monde colocou na lista dos 50 melhores filmes franceses de sempre.
Foi um outsider (como o foram Eustache e Pialat) e os seus filmes nunca tiveram estreia comercial em Portugal, uma lacuna que é agora finalmente reparada.
Esta obra de uma enorme frescura, que celebra a vida e, simultaneamente, a sua fragilidade, o desejo, a relação com a natureza, uma errância despreocupada, quase como arte poética, que ambicionava conciliar a arte moderna e a arte popular, com personagens de várias está agora a ser recuperada e a conquistar um cada vez maior número de espectadores. É também uma obra que celebra o Verão e esta é a melhor altura para mergulhar nesta experiência poética e libertária. Para irmos com Rozier à la plage.
_____
Uma bailarina brasileira tem problemas com dois revisores num comboio e é ajudada por uma advogada parisiense, que lhe serve de intérprete e com quem trava amizade nessa viagem a bordo do “Maine Océan”, encontrando-se os quatro, mais tarde, na ilha de Yeu onde improvisam uma festa. Os meandros narrativos de MAINE OCÉAN (Prémio Jean Vigo em 1986) tecem um filme de apurado sentido musical que novamente trabalha o movimento e as deslocações das personagens e de modo novo refere a linguagem e articula questões linguísticas. Produzido por Paulo Branco, com fotografia de Acácio de Almeida no seu único encontro com Jacques Rozier. Na paisagem cinematográfica de meados dos anos oitenta, surgiu como “um autêntico ovni” (Hervé Roux, Cahiers du Cinéma). “Um dos mais modernos dos filmes modernos”, chamou-lhe João Bénard da Costa.
Origem França, 1986
Com Bernard Menez, Luis Rego, Yves Afonso, Rosa-Maria Gomes
Prémio Jean Vigo 1986
Cópia digital restaurada
Ciclo Jacques Rozier
Preços
Descontos
- Alliance Française
- Comunidade UC
- Desempregado
- Estudante
- Fnac
- Grupo = ou > 10 pax
- Maiores de 65 anos
- Menores de 25 anos
- OE Região Centro
- Profissionais da Cultura
- rede alumni uc
- Serviços Sociais da CGD